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Edição 22 - 04 de dezembro
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Brasil lança primeira molécula totalmente sintetizada no País


Pela primeira vez, um medicamento é criado totalmente no Brasil, desde a concepção da molécula que atua no problema, até a comercialização. O produto, denominado Helleva, serve para tratar casos de disfunção erétil. Além de ser um marco tecnológico inédito no País – que tem baixa tradição em novidades farmoquímicas –, a inovação pode abrir as portas para a síntese de outras moléculas nacionais, que podem ser usadas no tratamento de doenças como a Aids e o câncer.

 

“Essa é a primeira molécula desenvolvida totalmente no Brasil. Além de ser uma afirmação da capacidade tecnológica dos pesquisadores brasileiros, foi o primeiro passo dado no caminho de adensar nossa tecnologia e aprofundar a qualificação científica no País”, afirmou Ogari de Castro Pacheco, presidente e um dos fundadores do Laboratório Cristália, responsável pela criação do Helleva.

 

Segundo Pacheco, na medida em que se domina a técnica para sintetizar moléculas, fica mais fácil produzir medicamentos em outras áreas. “Agora estamos trabalhando em moléculas inéditas para tratar câncer e Aids. Na questão da Aids, no momento já estamos em fase de aprovação, mas a área do câncer não fica atrás. Isso tudo traz avanços do conhecimento na ciência e na química”, ressaltou.

 

Esta é a quarta molécula original desenvolvida no mundo para tratamento de disfunção erétil. No caso do Helleva, que está à venda no mercado brasileiro desde 2007, o produto acaba de receber autorização para ser comercializado no México, com os preparativos para iniciar as exportações ao país da América do Norte ainda este ano. Atualmente, o medicamento já está registrado no Equador e com pedido de registro na Venezuela.

 

Para o desenvolvimento de Helleva, foi preciso o apoio de 60 médicos e 17 centros de pesquisa. De acordo com o Laboratório Cristália, a disfunção erétil é uma doença que afeta cerca de 46% dos homens brasileiros de40 a70 anos.

 

Fonte: Agência Gestão CT&I



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